A Flashpoint irá multar a MIBR em US$ 10.000 por violação da integridade competitiva na segunda temporada da Flashpoint, anunciou o organizador do torneio hoje.
A decisão vem dois dias depois que a equipe de CS:GO MIBR derrotou a OG por 2 a 0 nas quartas de final da segunda temporada de Flashpoint. Durante a partida em questão, a Seleção Brasileira teve uma tela sintonizada na transmissão oficial do Flashpoint, que pôde ser vista pelos jogadores. A stream tem um grande atraso, mas a MIBR ainda poderia ter tirado alguma vantagem, como as configurações táticas da OG.
O longo atraso existe para evitar esse tipo de situação, segundo a Flashpoint. Mas o organizador do torneio decidiu ainda assim multar a MIBR. “Ainda consideramos as ações da MIBR uma violação da integridade competitiva em nosso evento”, disse MonteCristo, comissário da Flashpoint, hoje ao vivo.
O organizador do torneio também notificou todas as equipes de que qualquer evidência de assistir a transmissão durante as partidas resultará em desqualificação. A Flashpoint doará os US$ 10.000 da MIBR para uma instituição de caridade brasileira após a conclusão do evento.
O assunto foi tratado ontem pelo técnico e gestor da MIBR, Raphael “cogu” Camargo. De acordo com Cogu, eles estavam assistindo a um jogo da Fnatic vs. Dignitas e se esqueceram de desligar a TV para a partida. “Eu a desliguei antes de o segundo mapa começar, depois que um amigo me sugeriu por mensagem”, disse cogu em um Twitlonger.
O técnico e empresário de 33 anos disse que doaria parte de seus prêmios para uma instituição de caridade brasileira. A atitude de Cogu foi muito elogiada por Ari Segal, CEO da Immortals Gaming Club, que é a empresa-mãe da MIBR. “Grande exemplo de liderança forte: assuma a responsabilidade por um erro honesto”, escreveu Segal.
O sniping de stream tem sido um problema no CS:GO há muito tempo, especialmente durante os torneios online. A Esports Integrity Commission (ESIC) disse ontem que tem uma política de tolerância zero com relação ao sniping de transmissão, mas não vai emitir banimentos com base em casos que supostamente aconteceram no passado. Em vez disso, a ESIC recomendou várias medidas aos organizadores do torneio para evitar que esse tipo de comportamento se repita.
Artigo publicado originalmente em inglês por Leonardo Biazzi no Dot Esports no dia 03 de dezembro.